sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O Erro do Bispo de Mopsuéstia

Capítulo XXXIV da Summa Contra Gentiles, de São Tomás de Aquino:

Of the Error of Theodore of Mopsuestia concerning the Union of the Word with Man

BY the foregoing chapters it appears that neither was the divine nature wanting to Christ, as Photinus said; nor a true human body, according to the error of the Manicheans; nor again a human soul, as Arius and Apollinaris supposed. These three substances then meet in Christ, the Divinity, a human soul, and a true human body. It remains to enquire, according to the evidence of Scripture, what is to be thought of the union of the three. Theodore of Mopsuestia, then, and Nestorius, his follower, brought out the following theory of this union.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Hoje, nasceu para nós o Salvador!

Dos Sermões de Santo Elredo de Rievaulx, abade

Hoje, na cidade de Davi, nasceu para nós o Salvador do mundo, que é o Cristo Senhor! (cf. Lc 2, 11). Esta cidade é Belém, para a qual devemos acorrer, como os pastores fizeram ao ouvir esta notícia. Por isso, costumais cantar (no hino da Virgem Maria): “Cantaram glória a Deus, acorreram a Belém”. E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura (Lc 2, 12).

Eis porque vos disse que deveis amá-lo. Temei o Senhor dos anjos, mas amai o pequenino; temei o Senhor de majestade, mas amai o que está envolto em faixas; temei o que reina no céu, mas amai o que está deitado na manjedoura. Mas que sinal receberam os pastores? Encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura. Ele que é o Salvador, ele que é o Senhor. Mas que há de especial no fato de estar envolto em faixas e deitado numa manjedoura? Não são também as outras crianças envolvidas em faixas? Então, que tipo de sinal é este? Na verdade é um grande sinal, se o soubermos compreender. E havemos de compreender, se não nos limitarmos a ouvir esta mensagem de amor, mas também tivermos no coração a luz que brilhou com os anjos. Foi assim que um deles apareceu com luz, quando anunciou pela primeira vez esta notícia, para sabermos que só os que têm a luz espiritual no coração é que ouvem a verdade.

Muito se pode dizer deste sinal; mas, porque a hora vai adiantada, falarei pouco e brevemente. Belém, a “casa do pão”, é a santa Igreja, na qual se serve o corpo de Cristo, o pão verdadeiro. A manjedoura de Belém é o altar da Igreja, onde as ovelhas de Cristo se alimentam. Desta mesa está escrito: Diante de mim preparas uma mesa (Sl 22 [23], 5). Nesta manjedoura, Jesus está envolto em panos, e o invólucro de panos pode ser comparado aos véus do sacramento. Nesta manjedoura, sob as espécies do pão e do vinho, está o verdadeiro corpo e sangue de Cristo. Cremos que ali está o próprio Cristo, mas envolto em panos, isto é, oculto no sacramento. Não temos sinal maior e mais evidente do nascimento de Cristo do que o seu corpo e sangue que recebemos todos os dias no santo altar; daquele que, nascido da Virgem por nós uma vez, vemos por nós se imolar diariamente.

Portanto, irmãos, corramos à manjedoura do Senhor. Mas antes, preparemo-nos o melhor possível por sua graça para esse encontro, e associados aos anjos, de coração puro, consciência reta e fé sincera (cf. 2Cor 6, 6), cantemos ao Senhor em toda a nossa vida e conduta: Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados! (Lc 2, 14). Por nosso Senhor Jesus Cristo, a quem sejam dadas honra e glória, pelos séculos dos séculos. Amém.

Veio o Senhor de todos sob a forma de servo

Fonte

De Teódoto de Ancira, bispo

Veio o Senhor de todos sob a forma de servo, revestido de pobreza, de modo a não afugentar os que buscava. Em terra incerta, escolhendo um lugar desconhecido para nascer, foi dado à luz por uma Virgem pobre, na pobreza total, para que pelo silêncio cativasse os homens que vinha salvar. Pois se tivesse nascido na glória, rodeado de muitas riquezas, diriam, sem dúvida, os infiéis, que a transformação da terra fora obra do dinheiro. Se tivesse escolhido Roma, a maior cidade, atribuiriam ao poder dos seus cidadãos a mudança do mundo.

Se fosse filho do imperador, atribuiriam ao poder tal benefício. Se fosse filho de um legislador, atribuiriam-no às leis. Mas que fez ele? Escolheu tudo o que é pobre e vil, tudo que há de mais medíocre e obscuro, para sabermos que só a divindade transformou a terra. Por isto, escolheu uma mãe pobre, uma pátria ainda mais pobre, fazendo-se pobre de bens terrenos.

Isto te é mostrado pelo presépio. Como não havia um berço para reclinar o Senhor, foi colocado numa manjedoura, e sua indigência das coisas mais necessárias tornou-se uma ótima profecia. Foi assim posto na manjedoura para anunciar que se fazia alimento até mesmo dos irracionais. Pois o Verbo, Filho de Deus, nascendo pobre e jazendo num presépio, atrai a si os ricos e os pobres, os eloqüentes e os incultos.

Vede, portanto, como a indigência se tornou profecia, e a pobreza mostrou ser acessível a todos aquele que por nós se fez pobre. Ninguém se deteve por medo das esplêndidas riquezas do Cristo, nem a imponência do poder impediu alguém de se aproximar dele; mas apareceu pobre e comum, oferecendo-se a si mesmo para salvar a todos.

No presépio, o Verbo de Deus se manifesta corporalmente, a fim de que tanto os seres racionais como os irracionais possam participar do alimento da salvação. Penso ser isto que o profeta proclamava, quando falava do mistério do presépio: O boi conhece o seu dono, e o jumento, a manjedoura de seu senhor; mas Israel é incapaz de conhecer, o meu povo não pode entender (Is 1,3). Fez-se pobre por nós aquele que é rico, tornando facilmente perceptível a todos a salvação do Verbo de Deus. Também Paulo o indica, ao escrever: Por causa de vós se fez pobre, embora fosse rico, para vos enriquecer com a sua pobreza (2Cor 8,9).

Mas quem era esse que enriquecia? E de que enriquecia? Como ele se fez pobre por nós? Quem é, dizei-me, que, sendo rico, se fez pobre por minha pobreza? Pensas que foi o homem que apareceu? Mas este nunca se tornou rico, nascido que foi pobre e de pais pobres. Quem era, pois, e de que enriquecia esse rico que por causa de nós se fez pobre? A resposta é: Deus enriquece a criatura. Foi Deus mesmo quem se fez pobre, fazendo sua a pobreza daquele que se podia ver. Pois ele é rico pela divindade, e por causa de nós se fez pobre.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Glory to God in the Highest

Fonte




Glory to God in the highest
And peace to His people on earth
Lord God, Heavenly King, Almighty God and Father
We worship You
We give You thanks
We praise You for Your glory



Lord Jesus Christ, only Son of the Father
Lord God, Lamb of God
You take away the sins of the world
Lord, have mercy on us
You are seated at the right hand of the Father
Receive our prayer



For You alone are the Holy One
For You alone are the Lord
For You alone are the Most High
Jesus Christ
With the Holy Spirit
In the glory of God the Father


Amen

Laços de Família

(via Antonio Fernando Borges)





Não fosse em tempo assim de calmaria,
não fosse nessa ausência, nesse vento
que não vem, se não fosse este momento,
este momento cheio de agonia,

não fosse aquela brisa, aquele lento
afago, ah, se não fosse por Maria,
se não fosse por ela, quem teria
paciência com tanto adiamento?

Se não fosse por ela, se não fosse
pelo que ela agüentou, pela alegria
que ela embalou perplexa, que ela trouxe

em si e deu à luz e um belo dia
devolveu ao Senhor… Se a espera é doce,
é por causa da calma de Maria.

Bruno Tolentino

domingo, 23 de dezembro de 2007

Mensagem de Natal

Após ter escrito essa mensagem, enquanto a examinava mais calmamente, não cheguei a confirmar a existência de um erro nela. Como ela já foi aprovada por alguém bem mais inteligente que eu, acho que posso postá-la aqui. Mas peço aos visitantes do blog: se eu tiver proferido alguma asneira, avisem-me!



Seguirei, conforme minhas pobres capacidades, o exemplo do filósofo Olavo de Carvalho, procurando expor aqui, bem brevemente, meus votos de um feliz Natal aos leitores do Mercabá.


Poderia começar o texto de forma negativa, criticando o consumismo e a sanha da compra de presentes que parecem se sobrepor e substituir o significado original da celebração. Mas não farei isso; ao contrário, convido o leitor a seguir uma linha de pensamento perfeitamente racional e positiva, exposta formidavelmente por Santo Anselmo em Cur Deus Homo.


Comecemos essa escalada ao entendimento da importância da Encarnação por uma operação simples: a classificação das ofensas. Existe, evidentemente, uma hierarquia nos ultrajes e nos insultos, de acordo com o ultrajado e o ofendido. Quanto mais elevado e mais insigne for ele, pior será a ofensa. Assim, o ultraje a um sábio é mais grave que o ultraje a um vagabundo; o ultraje a um consagrado é mais temível que o ultraje a um pulha. Além disso, a cada ofensa corresponde uma reparação própria, tanto mais penosa e dolorosa quanto mais perigosa for a ofensa, e o retorno à amizade com o ofendido torna-se igualmente mais penoso quanto mais temerário for o insulto. É mais difícil reatar uma amizade com alguém que você chamou de imbecil do que com alguém taxado de ignorante, por exemplo.


O que dizer, então, de uma ofensa a Deus? O que seria capaz de reintroduzir o homem na amizade com Seu Criador, se a própria criatura faz o que é abominável a Seus olhos?


Convenhamos que nesse grau de gravidade, nenhum ato humano, nenhuma façanha, nenhum grande gesto, nenhuma proeza seria capaz de pagar as dívidas com Deus. Nem mesmo na soma das capacidades humanas haveria poder suficiente para restituir a amizade ofendida. O único ato que poderia realizar esse resgate seria um ato de amor infinito, anulando uma injúria ilimitada. Mas é óbvio que mesmo o amor de toda a criação seria ainda finito. Como, então, uma alma humana poderia votar a Deus um amor infinito capaz de satisfazer a ofensa?


Tal homem, que amasse a Deus infinitamente e reparasse a abominável injúria cometida, teria de realizar um gesto muito maior do que qualquer ato humano, por dever ser também divino. Apenas o sacrifício de um perfeito homem que fosse inteiramente Deus reataria a amizade humana com seu Criador. Seu ato tinha a obrigação de agradar a Deus tanto quanto O desagradaram as iniqüidades humanas. Ora, essa alma humana a que me refiro não apenas agradou de forma equivalente a Deus, mas superou por imensa vantagem as ofensas. Suas obras, sua vida, seu sacrifício, não apenas nos reintroduziram na amizade de Deus, mas destruíram por completo a nossa covarde submissão ao banho de sangue de sacrifícios inúteis, multiplicados na forma de vinganças, de procura por bodes expiatórios e adoração a falsos deuses. Tal alma humana de uma pessoa divina não apenas satisfez as nossas dívidas, mas nos resgatou da opressão sinistra do pecado e da morte. Refiro-me, evidentemente, a Jesus Cristo.


Gostaria de terminar a mensagem com uma advertência: não se deixe fraquejar pela aparente supremacia dos poderes desse mundo. O sacrifício necessário à satisfação da injúria a Deus já foi feito. Consummatum est.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Na manhã da Natividade

Com a aproximação do Natal, postarei algumas obras elevadas que penso serem apropriadas a esse momento. Depois do maravilhoso Puer Natus Est, de Bach, seguem as ilustrações de William Blake ao poema de Milton, On the Morning of Christ's Nativity.

milton-1.jpg

O Descenso da Paz

_________________________________________________

milton-2.jpg

A Anunciação aos Pastores

_________________________________________________

milton-3.jpg

O Antigo Dragão

_________________________________________________
milton-4.jpg

A Derrocada de Apolo e dos Deuses Pagãos

__________________________________________________

milton-5.jpg

O Vôo do Moloque

_________________________________________________

milton-6.jpg

A Noite de Paz

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Feliz Natal



Puer Natus Est

1. Puer nátus in Béthlehem, allelúia:
Unde gáudet Jerúsalem, allelúia, allelúia.


2. Assúmpsit cárnem Filius, allelúia,
Déi Pátris altíssimus, allelúia, allelúia.


3. Per Gabriélem núntium, allelúia,
Virgo concépit Filium, allelúia, allelúia.


4. Tamquam spónsus de thálamo, allelúia,
Procéssit Mátris útero, allelúia, allelúia.


5. Hic jácet in praesépio, allelúia,
Qui régnat sine término, allelúia, allelúia.


6. Et Angelus pastóribuis, allelúia,
Revélat quod sit Dóminus, allelúia, allelúia.


7. Réges de Sába véniunt, allelúia,
Aurum, thus, myrrham ófferunt, allelúia, allelúia.


8. Intrántes dómum invicem, allelúia,
Nóvum salútant Principem, allelúia, allelúia.


9. De Mátre nátus Virgine, allelúia,
Qui lúmen est de lúmine, allelúia, allelúia.


10. Sine serpéntis vúlnere, allelúia,
De nóstro vénit sánguine, allelúia, allelúia.


11. In carne nóbis símilis, allelúia,
Peccáto sed dissímilis, allelúia, allelúia.


12. Ut réderet nos hómines, allelúia,
Déo et síbi símiles, allelúia, allelúia.


13. In hoc natáli gáudio, allelúia,
Benedicámus Dómino, allelúia, allelúia.


14. Laudétur sáncta Trínitas, allelúia,
Déo dicámus grátias, allelúia, allelúia.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Sanctus

SANCTUS, Sanctus, Sanctus,

Dominus Deus Sabaoth.

Pleni sunt caeli et terra gloria tua.

Hosanna in excelsis.

Benedictus qui venit in nomine Domini.

Hosanna in excelsis.


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

American readers

Recently, I received a lot of visits from american guys, and they have been searching some stuff that isn't available in English. They had to recur to a very dubious tool: Google Translation. Well, I don't want to see honest and interested people making such an unworthy effort to read the Fathers Works, so I'll just indicate the best sites devoted to that subject :

New Advent

Thesaurus Precum Latinarum

Early Christian Writings

Christian Classics Etheral Library

I wish all my english-speaking readers have a profitable reading.

Teódoto de Ancira

Fonte


teodoto.jpg


Teodoto fue obispo de Ancira, una población situada en Galacia, en el Asia Menor. Amigo personal de Nestorio, fue, sin embargo, uno de sus principales adversarios, cuando el Concilio de Efeso del año 431 condenó las doctrinas de aquél como heréticas. Nestorio afirmaba la existencia de dos personas en Jesucristo, negando el título de Madre de Dios a la Virgen Marta.

Teodoto alcanzó un gran prestigio como teólogo y defensor de la ortodoxia; junto a San Cirilo de Alejandra, representó un papel de primer orden en la confutación de los errores nestorianos. Adentrándose en el misterio de la Encarnación del Hijo de Dios, expuso con claridad y defendió con firmeza la verdad de la existencia de dos naturalezas en la única persona de Cristo y exaltó de modo especial la maternidad divina de Santa Marta, junto a su perpetua virginidad. Su muerte tuvo lugar en torno al año 446.

Entre sus obras merecen especial mención las dos homilías sobre el nacimiento del Señor. Pronunciadas en Ancira, fueron leídas en el Concilio de Efeso e introducidas en sus Actas.

Se recoge a continuación un pasaje de una de estas homilías. Con un estilo de argumentación muy típico de la época, Teodoto explica cuál es la lección fundamental que nos enseña la pobreza del Nacimiento de Nuestro Salvador: asumiendo nuestra naturaleza humana en medio de una gran indigencia, nos hizo participes de la
riqueza de su divinidad.

LOARTE

Teodoro de Mopsuestia

Fonte

TEODORO DE MOPSUESTIA había nacido en Antioquía, donde estudió y estableció una amistad duradera con San Juan Crisóstomo; esta amistad le indujo primero a entrar en un monasterio y luego, después de haberlo abandonado muy pronto, a regresar a él. El año 392, cuando llevaba ya nueve años de sacerdote, fue consagrado obispo de Mopsuestia, en Cilicia. Murió el 428, rodeado de gran fama.

Teodoro es el autor más famoso y más representativo de la escuela de Antioquía. Con sus numerosas obras ha pasado sin embargo lo mismo que con las de su maestro Diodoro de Tarso; últimamente se han podido recuperar algunas a través de sus traducciones a lenguas orientales, y junto con los fragmentos existentes de otras permiten hacer una reconstrucción aceptable de su teología. Así, por ejemplo, cita a menudo las cláusulas del símbolo bautismal, de manera que es posible rehacer éste y, de paso, darse cuenta de que es bastante diferente del que le atribuyeron sus enemigos.


En exégesis, parece que comentó casi todos los libros de la Escritura, siguiendo con gran rigor científico el método histórico y filológico propio de la escuela; escribió una obra Contra los alegóricos, en contra de Orígenes, cuyo título señala su posición frente a la exégesis alejandrina. Tiene también 16 Homilías catequéticas, recuperadas el año 1932; unas siguen el símbolo niceno y van destinadas a los catecúmenos y otras versan sobre el padrenuestro, el bautismo y la Eucaristía y se destinan a los neófitos, de una manera que recuerda la obra semejante de Cirilo de Jerusalén. Entre sus escritos dogmáticos destaca su obra Sobre la encarnación; tiene además una Disputa con los macedonianos, una refutación Contra Eunomio, otra Contra Apolinar y otra Contra los defensores del pecado original, que parece que sostenían que éste había corrompido la naturaleza humana. Son también obras suyas un escrito Contra la magia y otro, el Libro de las perlas, que posiblemente fuera una colección de cartas.

São Sofrônio de Jerusalém

Fonte


sophronius_of_jerusalem_11march.jpg


Nació en Damasco, hacia el año 560. Probablemente ejerció como profesor de Retórica, hasta que, todavía joven, abrazó la vida monacal. Pasó veinte años bajo la dirección experta de San Juan Mosco. Juntos visitaron varios monasterios de Egipto, con el propósito de pasar a Roma. Una vez en la Ciudad Eterna, el año 619 murió San Juan Mosco. Entonces, San Sofronio decidió regresar a Palestina. En el año 633 o 634 fue elegido Patriarca de Jerusalén, mostrándose desde entonces como un pastor celoso de su grey.

La biografía de San Sofronio podría centrarse en dos polos de interés: su afán de santidad y su integridad doctrinal, que le llevó a sufrir mucho por defender la fe católica frente a la herejía del monotelismo. Estas dos características quedan muy bien reflejadas en su producción literaria, de la que nos han llegado algunas obras que podrían llamarse de entretenimiento, unos cuantos himnos y varios escritos hagiográficos, como la Vida de los santos egipcios Ciro y Juan y algunos fragmentos de una biografía del Patriarca alejandrino Juan el Limosnero, compuesta junto a San Juan Mosco.

El mismo año de su muerte, 638, vio con inmenso pesar como la Ciudad Santa caía en manos de los musulmanes, por obra del Califa Omar.

LOARTE

Santiago de Sarug



Fonte

Santiago de Sarug es uno de los grandes Padres de la Iglesia siria. Nació en el año 451 en el distrito de Sarug, a orillas del Eufrates. Según la tradición, completó sus estudios teológicos en Edesa, donde recibió unos sólidos conocimientos lingüísticos, filosóficos y teológicos. A los 22 años de edad se hizo monje y eremita.

No abundan los datos sobre su vida: en el año 502 es nombrado corepíscopo, oficio eclesiástico que ejercía una jurisdicción delegada del obispo. Durante esta época, visitó muchos monasterios ganándose la estima de monjes y eremitas. En el 519
fue consagrado obispo; y desde ese momento desarrolló un extensa labor pastoral hasta el momento de su muerte, acaecida dos años más tarde. Su fama de santidad lo hizo entrar en la liturgia y en el calendario de los santos. En la Iglesia latina es recordado el 29 de octubre.

Santiago de Sarug ha dejado una obra variada y abundante. Destacan los escritos en verso. Según algunos estudiosos, predicó unas 760 homilías, aunque sólo se han conservado la mitad y no todas han sido publicadas. En los siguientes párrafos, tomados de una de sus homilías sobre la Virgen, destaca el cariño con que Santiago de Sarug habla de la belleza sobrenatural y humana de nuestra Madre del Cielo.

LOARTE

Salviano de Marselha

Fonte

Los datos biográficos que se poseen sobre su vida son escasos. Nacido en los primeros años del siglo V, en Colonia o Tréveris, no se sabe con certeza cuando se trasladó al sur de la Galia. Desde el año 426 vive en la comunidad monástica de la isla de Lerins, frente a las costas de Marsella. Tres años mas tarde era sacerdote.

Sus escritos revelan una esmerada formación cultural, y merecen especial atención sus estudios jurídicos. De las numerosas homilías y de su producción literaria se han conservado algunas Cartas y los tratados A la Iglesia y Sobre el gobierno divino. Esta última es su obra más importante, compuesta de ocho libros, en la que desarrolla el tema de la providencia divina. Se dirige a los cristianos para fortalecerles en la fe y en la confianza en Dios, en medio de la situación en que se encontraban los católicos en aquellos tiempos, bajo el dominio de los pueblos germánicos. Junto a la intención apologética, la obra trata de atajar los desórdenes morales del momento y exhorta a la conversión.

LOARTE

São Romano, o Cantor

Fonte

Los escasos datos biográficos que poseemos sobre Romano proceden de dos documentos menores, de origen litúrgico: el Sinasario y el Meneo. Según esos textos, Romano nació en Siria, en la ciudad de Emesa, hacia el 490. Ordenado diácono en Beirut, durante el reinado del Emperador Anastasio se trasladó a Constantinopla, donde fue incorporado a la iglesia de la Santísima Madre de Dios. Allí se entregó a una vida de oración y de mortificación, caracterizada por su devoción a la Virgen. En el santuario de la Madre de Dios, recibió el carisma poético. Cuenta la tradición que una noche de Navidad se le apareció la Virgen y le entregó un rollo para que lo masticara y engulliera. Apenas cumplió su mandato, subió al ambón e improvisó un himno en alabanza del Nacimiento del Señor. La vena poética, milagrosamente desatada en él, inspiró nuevos y numerosos Kondakia, himnos para las principales festividades litúrgicas del año, especialmente las de Cristo y la Virgen. Se dice que compuso un millar de himnos, aunque son muchos menos los que han llegado hasta nosotros. Romano, que ha pasado a la historia con el sobrenombre de el cantor, murió entre el 555 y el 562, y fue sepultado en la iglesia de Ciro, donde se celebra su memoria el 1 de octubre. Aunque los temas de sus composiciones son muy variados, destacan los himnos mariológicos. La figura de la Virgen es contemplada a la luz de la vida y de la obra redentora de su Hijo.

LOARTE

Minúcio Félix

Fonte

MINUCIO FÉLIX era un abogado de Roma, cristiano, que nos ha dejado la única apología escrita en latín y en Roma, el Octavio. Esta apología es al mismo tiempo la mejor escrita de las que tenemos, y ha sido objeto de incontables estudios; su lenguaje es elegante, su exposición serena, su pensamiento claro. El autor tuvo sin duda a Cicerón como modelo, y también se observan influencias de Séneca así como, en menor grado, de otros autores, a los que alguna vez cita. Como es usual en las apologías, no aparecen citas de la Escritura, que no tenía ningún valor especial a los ojos de un pagano, y lo que se explica de la fe de los cristianos se limita a las verdades que podemos conocer con la razón natural.

La exposición toma la forma de una conversación entre tres amigos, uno pagano y dos cristianos, de los cuales uno es el autor y el otro Octavio. El primero en exponer sus argumentos es el pagano, Cecilio; el conocimiento de la verdad, dice, es sumamente incierto, por lo que más vale hacer caso de las enseñanzas de los mayores y seguir la vieja religión pagana, cuyos dioses, además, han dado la prosperidad a Roma; es inaudito que hombres sin cultura se atrevan a pensar lo contrario, y que en su orgullosa ignorancia quieran suplantar a los dioses al paso que viven en la mayor inmoralidad y proponen unas doctrinas inverosímiles. Octavio le responde que esta pretendida incultura y la humildad de los cristianos esconden la verdadera sabiduría, de manera que hasta los filósofos antiguos estuvieron de acuerdo en muchas de las cosas que ellos enseñan; la antigua religión es una mezcla de leyendas y supercherías, y es razonable abandonarla; los cristianos, lejos de ser inmorales, se esfuerzan por vivir de acuerdo con normas muy elevadas, de manera que su comportamiento es casi su mejor defensa. Al final del diálogo, Cecilio queda convencido.


La fecha del escrito, por sus estrechas relaciones con el Apologeticum de Tertuliano, relaciones que son sin embargo difíciles de determinar con precisión, se puede situar alrededor del año 197.

Lactâncio

Fonte


lactancio.jpg




Llamado el Cicerón cristiano por su elegante manejo de la lengua latina, Lucio Cecilio Firmiano Lactancio nació en el Norte de Africa, hacia el año 250, de familia pagana. Recibió una educación esmerada y adquirió cierto renombre como maestro de Retórica, por lo que el emperador Diocleciano le llamó a Nicomedia, para enseñar en la escuela que había fundado en la nueva capital del Imperio. Fue allí donde probablemente abrazó la fe cristiana. Durante la última gran persecución, hacia el año 303, se vio obligado a abandonar su cátedra y a exilarse en Bitinia. Después del Edicto de Milán, Constantino le llamó a Tréveris para confiarle la educación de Crispo, su hijo mayor. Poco más se sabe de la vida de Lactancio, que debió de morir en torno al año 317.

Entre sus escritos destacan los siete libros sobre las Instituciones divinas, que constituye el primer intento de redactar en latín una suma de toda la fe cristiana. Su enseñanza se desarrolla preferentemente dentro del campo de la moral natural; es muy inferior en los aspectos estrictamente teológicos. También por esta razón, Lactancio no es contado en el número de los Padres de la Iglesia, sino en el de los escritores eclesiásticos.


En los párrafos que se recogen, muestra—contra las fábulas paganas—que la sociedad humana tiene su origen en la voluntad de Dios, que ha creado al hombre a su imagen y semejanza; de ahí deriva el deber de la solidaridad entre los hombres.


LOARTE

João Mandakuni

Fonte


moryakubdasrug4.jpg




Entre la abundante literatura cristiana antigua, la que floreció en Armenia en los siglos IV y V es de las menos conocidas y, sin embargo, de riquísimo contenido espiritual.

Las fuentes documentadas hacen remontar al siglo III la predicación del Cristianismo en Armenia, por obra de San Gregorio el iluminador. Sin embargo, ya antes de esta fecha había cristianos en las regiones meridionales del País, colindantes con Siria, desde donde se realizó la primera evangelización.

La figura central de la literatura armena es San Mesrop, a quien se atribuye la invención del alfabeto armeno. Murió hacia el año 440. Uno de sus sucesores en la sede patriarcal fue Juan Mandakuni, nacido alrededor del 415, que fue catholikós de Armenia desde el año 478 hasta el 490, fecha de su fallecimiento. Modelo de pastor de almas, Juan Mandakuni es autor de homilías, cartas y oraciones, traducidas en gran parte al alemán durante el siglo pasado.

El fragmento que se recoge en las siguientes páginas forma parte de su discurso Sobre la devoción y respeto al recibir el Santísimo Sacramento, en el que pone de relieve la presencia real de Cristo en la Eucaristía y las disposiciones interiores con que los fieles han de recibirle.

LOARTE

São Germano de Constantinopla

Fonte


san_german_de_dacia_pontica_278x412.jpg


Nació en Constantinopla o en sus inmediaciones, en una fecha incierta entre el año 634 y el 654. Hacia el 705 fue nombrado obispo de Cicico, metrópoli de la provincia eclesiástica del Helesponto. En el 715 fue nombrado Patriarca de Constantinopla, donde permaneció hasta el 729. Durante la crisis iconoclasta se opuso a la política de León III el Isáurico. El emperador intentó obligar a Germán a firmar un decreto contra el culto de las imágenes. Pero el anciano patriarca, repitiendo las razones que anteriormente había expuesto y su profesión de fe, se negó a obedecer las órdenes imperiales. Luego, despojándose de las insignias de su dignidad patriarcal, pronunció una frase que estaba destinada a gozar de fama imperecedera en la tradición oriental: «si yo soy Jonás, arrójame al mar; pero sin un concilio ecuménico, oh soberano mío, no me es posible establecer una nueva doctrina». Presionado fuertemente por el emperador renunció a su sede y se recluyó en Platanión, donde transcurrieron los últimos años de su vida. Murió en el año 733, siendo casi centenario.

El conocimiento actual de la producción literaria de San Germán permite afirmar que abarca casi todos los campos de la literatura religiosa: teológico, histórico, litúrgico, homilético y epistolar. Entre sus homilías destacan las siete que predicó con ocasión de las principales fiestas de la Santísima Virgen. Los sermones rebosan de la sublimidad y la grandeza del mundo divino. Sin embargo, a pesar de su perfección y de su extrema superioridad, el Cielo no se encuentra distante de la tierra: Dios, a través de María, se abaja hasta el hombre para atraerlo a si. Por eso, se comprende bien que el punto central de la teología mariana de San Germán sea la Maternidad divina de la Santísima Virgen. En estrecha relación con él, aparecen las demás prerrogativas, entre las cuales las más importantes son la inmunidad de Maria frente al pecado original, su Asunción al Cielo y su misión de Medianera de la gracia.

LOARTE

São Fulgêncio de Ruspe

Fonte


_fulgencio_ruspe.jpg


San Fulgencio de Ruspe nació en Telepte, Numidia (norte de África) en el año 468. Terminados sus estudios fue elegido procurador de la cludad, pero renunció pronto al cargo, porque la lectura de una página de San Agustín le decidió a abrazar la vida monástica.

La furia de los arrianos le obligó a dejar el monasterio que había fundado y gobernado con ejemplar solicitud, y partió hacia Sicilia con intención de buscar la soledad en Egipto. Mas cuando el Obispo de Siracusa le puso al corriente de los daños que causaba el monofisismo por medio de los monjes egipcios, regresó a su patria, tras una visita a Roma. Allí fundó un nuevo monasterio, del que fue abad. Y ordenado sacerdote en el año 508, ocupó la sede episcopal de Raspe, una pequeña ciudad marítima.

Exiliado con otros sesenta obispos por los invasores vándalos, se refugió en Cerdeña, donde vino a ser el alma y el modelo de aquel grupo de fugitivos. El rey vándalo lo llamó a Cartago para participar en unas discusiones teológicas, pero su celo y su sabiduría alarmaron a los arrianos, que obtuvieron sin dificultad su nueva deportación a Cerdeña.

Restaurada la paz en África con el advenimiento del rey Hilderico, los obispos pudieron regresar a sus diócesis en el 523. A Fulgencio le quedaban aún diez años de fructuosa labor al frente de su grey, hasta que el 1 de enero del 533 lo llamó el Señor.

Escribió numerosas obras, sobre los misterios de la Santísima Trinidad y de la Encarnación, sobre la gracia y la predestinación, defendiendo la doctrina católica contra los errores, siguiendo a San Agustín. Su obra Sobre la fe, a Pedro (o Regla de la verdadera fe), resume magistralmente toda la teología cristiana.

LOARTE

Diodoro de Tarso

Fonte

DIODORO DE TARSO nació en Antioquía; allí realizó estudios teológicos, seguidos de otros estudios clásicos en Atenas, de lo cual se quejaría después el emperador Juliano, pues esto le habría permitido atacar con más eficacia el culto de los dioses. De nuevo en Antioquía, dirigió una comunidad monástica, y desde su cátedra en la escuela de esta ciudad defendió con gran valor e insistencia la divinidad de Cristo frente a los ataques del emperador Juliano, que residió allí muchos meses durante su campaña contra los partos. Estuvo desterrado en Armenia por el sucesor de Juliano, y a su muerte regresó y fue consagrado obispo de Tarso, en Cilicia (378), de donde anteriormente había sido obispo un antiguo profesor suyo. Tomó parte en el concilio de Constantinopla del 381, y el emperador Teodosio II le llamó uno de los árbitros más seguros de la ortodoxia. Parece que murió antes del 394.

Sus obras fueron muy numerosas. Como ya hemos dicho, se han perdido en casi su totalidad, pero tenemos listas de ellas. En sus obras de exégesis se atenía exclusivamente a la interpretación filológica e histórica y rechazaba con tesón la alegórica, tratando de buscar lo que habían entendido y querido decir los autores inspirados y no otros sentidos ocultos; había comentado todos los libros del Antiguo Testamento, los Evangelios, los Hechos, la primera carta de San Juan y probablemente otros libros del Nuevo Testamento. En sus numerosas obras apologéticas y polémicas, unas veces largas y otras muchas breves, escribió contra los judíos, contra los paganos y contra los herejes. Otros escritos eran más directamente dogmáticos, y alguno trataba de astronomía y de cronología.


MOLINÉ

São Cesário de Arles

Fonte

San Cesáreo de Arles nació hacia el año 470, en el territorio de la actual Chalon-sur-Saone (Francia), punto final de la navegación del Saona, región entonces ocupada por los burgundios. Sus padres pertenecían a una buena familia de origen galo-romano. Admitido como clérigo por el Obispo de Chalon en el año 488, dos años después marchó Ródano abajo e ingresó en el monasterio fundado en la isla de Lerins, frente a Marsella. El rigor de los ayunos debilitó su salud, y tuvo que ser enviado a casa de unos parientes, en Arles, para que se repusiera. Continuó sus estudios y fue ordenado presbítero en el año 500. Tres años más tarde, a la muerte del obispo Fonio, San Cesáreo fue nombrado Obispo de Arles.

 


Esta ciudad era a la sazón una encrucijada de pueblos, lenguas y civilizaciones: el Cristianismo había arraigado, pero aún quedaban resabios paganos y una fuerte influencia arriana, la religión de los godos. San Cesáreo ejerció el episcopado bajo tres régimenes distintos: visigodos, ostrogodos y francos.Tras diversas vicisitudes y enfrentamientos con el poder civil—sufrió destierro en Burdeos—, logró un entendimiento con la autoridad y, paralelamente, alcanzó del Papa el nombramiento de Arles como sede primada, y el derecho a convocar—como legado suyo para Galia e Hispania—diversos Concilios regionales. Muchos de los Sínodos que congregó se ocuparon de la reforma de la disciplina eclesiástica. Importancia especial tuvo el Concilio 11 de Orange, del año 529, donde se condenó el semipelagianismo; fue aprobado poco después por el Papa Bonifacio II.Cesáreo fue un celoso pastor de almas y uno de los más grandes predicadores de la Iglesia latina. El primer puesto entre sus obras lo ocupan 238 sermones. La colección no encierra sólo homilías sobre pasajes bíblicos o fiestas litúrgicas, sino también discursos referentes a la moral de las costumbres, en las que
todavía persistían sustratos paganos. Además escribió dos tratados contra el semipelagianismo y un tercero, más extenso, titulado El misterio de la Santa Trinidad. Se conservan asimismo tres cartas pastorales de instrucción y consejo, y dos reglas monásticas: la Regla para los monjes y la Regla para las vírgenes. Falleció en Aries el 27 de agosto de 543, víspera de la fiesta de su gran maestro, San Agustín.

 


LOARTE

Apolinar de Laodicéia

Fonte

APOLINAR DE LAODICEA, contemporáneo de SAN CIRILO DE JERUSALÉN, fue un gran amigo y colaborador de Atanasio, al que apoyó con todas sus fuerzas en su lucha contra el arrianismo. Había nacido en Laodicea, en Siria, alrededor del 310; su padre era presbítero y gramático. Hacia el 361 fue consagrado obispo de la comunidad nicena de Laodicea. Tenía un buen conocimiento de los clásicos, y San Jerónimo fue alumno suyo durante un tiempo. Murió hacia el 390.


A pesar de su profundidad y rigor de pensamiento, su mismo empeño en luchar contra los arrianos le llevó a caer, sin darse cuenta y sin malicia, en el primer error que jalonaría la historia de las controversias cristológicas posteriores. Decidido a mostrar claramente la divinidad de Jesús y la unión profunda de esa divinidad y de la humanidad en Cristo, y considerando que la enseñanza de la escuela de Antioquía podía llevar a entender una doble personalidad en Cristo, concibió una nueva explicación: de los tres elementos que según Platón integran el hombre, el cuerpo, el alma animal y el alma racional, el tercero no existiría como tal en Cristo, y su lugar y función serían desempeñados por el Logos de Dios.


Al principio, esto satisfizo a muchos, pues se explicaba con sencillez, por ejemplo, la impecabilidad de Cristo. Pero luego se advirtió que estaba en contradicción con la enseñanza tradicional de la Iglesia, según la cual la humanidad de Cristo es completa y perfecta. Tanto San Atanasio como los Capadocios y Diodoro de Tarso y Teodoro de Mopsuestia, de los que enseguida hablaremos, escribieron tratados en contra de esta doctrina de Apolinar, que fue luego condenada explícitamente en el concilio de Constantinopla (381).


Esta condenación es responsable de la práctica desaparición de los escritos de Apolinar, de los que nos han llegado sólo los que fueron equivocadamente atribuidos a autores ortodoxos. Los fragmentos existentes de sus obras exegéticas, que según San Jerónimo eran numerosísimas, nos muestran que no se inclina por el método exegético de Antioquía ni por el de Alejandría; de sus obras apologéticas, la más celebrada fue la dirigida contra el filósofo neoplatónico Porfirio; otra de ellas iba dirigida al emperador Juliano, para demostrarle que los filósofos paganos iban muy equivocados en sus ideas sobre Dios; hay también noticia de varias de sus obras antiheréticas y de sus obras dogmáticas, y se conservan dos cartas suyas a Basilio el Grande.


Es interesante mencionar que cuando el emperador Juliano prohibió que los cristianos asistieran a las escuelas públicas y que estudiaran la literatura griega (362), Apolinar, ayudado por su padre, acometió la tarea de escribir poemas épicos basados en los primeros libros de la Biblia para así reemplazar en cierto modo los libros de Homero; escribió también numerosas comedias y tragedias, a imitación de las clásicas pero con argumentos bíblicos, e incluso diálogos cristianos a la manera de los de Platón. Se ha perdido toda esta literatura, a excepción de una Perífrasis de los salmos, que además no es seguro que sea de Apolinar. Por último, con el mismo afán de fortalecer la fe de los cristianos, compuso canciones, que los hombres cantaban en sus banquetes (...) y las mujeres mientras tejían, e himnos litúrgicos, de todo lo cual no nos ha llegado nada.


MOLINÉ

Santo André de Creta

Fonte

andpeas.jpg


Nacido en Damasco a mediados del siglo VII, abrazó la vida monástica en un convento de Jerusalén, por lo que también es llamado Andrés Jerosolimitano. Como legado del Patriarca de la Ciudad Santa, asistió al lIl Concilio de Constantinopla, que
condenó la herejía del monotelismo (año 681). Más tarde, consagrado obispo de Creta, defendió la legitimidad del culto a las imágenes. Murió hacia el año 720.

San Andrés de Creta fue un excelente compositor de himnos sagrados, hasta el punto de que la Iglesia oriental ha incorporado algunos a su liturgia. Además se conservan veintidós homilías suyas. Las que se refieren a la Virgen gozan de particular importancia, pues constituyen un testimonio muy elocuente de la fe en la Inmaculada Concepción y en la Asunción corporal de María al Cielo.

Con toda la Tradición de la Iglesia, San Andrés expone que la Concepción de Nuestra Señora es el inicio de la renovación de la naturaleza humana, herida por el pecado original. La Virgen María, preservada por Dios de toda culpa, trae al mundo «las primicias de la nueva creación», siendo—como canta la liturgia—lirio que florece entre espinas y paraíso espiritual donde Jesucristo, el nuevo Adán, establece su morada.

LOARTE

Santo Anastácio Sinaíta

Fonte

Monje y sacerdote en el monasterio del Monte Sinaí, San Anastasio murió poco después del año 700. Es, por tanto, uno de los últimos escritores orientales a quienes se reconoce el titulo de Padre de la Iglesia.

Testigo y defensor de la fe, San Anastasio Sinaíta dejó con frecuencia su retiro para refutar las herejías, especialmente el monotelismo—muy desarrollado en Oriente por aquellos años—, que negaba la existencia de una voluntad humana en Jesucristo.

Precisamente la mayor parte de su actividad literaria—poco estudiada aún—se concentró en esta polémica, a la que sólo pondría fin, en el año 681, el Concilio lIl de Constantinopla.
Compuso, además, una pequeña historia de las herejías y de los sínodos eclesiásticos, un comentario al relato bíblico de la Creación, varias homilías y un volumen de preguntas y respuestas sobre cuestiones predominantemente morales.

Entre sus homilías más conocidas se encuentra el Sermón sobre la Santa Sínaxis, donde resume la doctrina sobre la Eucaristía y exhorta a los cristianos a comulgar dignamente.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Las Confesiones

Caros leitores,

As Confissões de Santo Agostinho podem ser lidas no blog. É um livro imprescindível.

domingo, 9 de dezembro de 2007

São Bento da Núrsia

Fonte

bento.jpg


Por Dom Jerome Theisen, OSB, Abade Primaz da Confederação Beneditina (+1995).

Por ocasião da dedicação do Mosteiro de Monte Cassino em 1964, após sua reconstrução, o Papa Paulo VI proclamou São Bento (ca. 480 - ca. 547) patrono principal de toda a Europa. O título, apesar de um pouco exagerado, é verdadeiro sob vários aspectos. São Bento não construiu o Mosteiro de Monte Cassino com a intenção de salvar a cultura, mas, de fato, os mosteiros que depois seguiram a sua Regra foram lugares onde o conhecimento e os manuscritos foram preservados. Por mais de seis séculos, a cultura cristã da Europa medieval praticamente coincidiu com os centros monásticos de piedade e estudo.

São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, tendo vivido quase três séculos depois do seu surgimento no Egito, na Palestina e na Ásia Menor. Tornou-se monge ainda jovem e desde então aprendeu a tradição pelo contato com outros monges e lendo a literatura monástica. Foi atraído pelo movimento monástico, mas acabou dando-lhe novos e frutuosos rumos. Isto fica evidente na Regra que escreveu para os mosteiros, e que ainda hoje é usada em inúmeros mosteiros e conventos no mundo inteiro.

A tradição diz que São Bento viveu entre 480 e 547, embora não se possa afirmar com certeza que essas datas sejam historicamente acuradas. Seu biógrafo, São Gregório Magno, papa de 590 a 604, não registra as datas de seu nascimento e morte, mas se refere a uma Regra escrita por Bento. Há discussões com relação à datação da Regra, mas parece existir um consenso de que tenha sido escrita na primeira metade do século VI.

São Gregório escreveu sobre São Bento no seu Segundo Livro dos Diálogos (versão inglesa disponível em Dialogues), mas seu relato da vida e dos milagres de Bento não pode ser encarado como uma biografia no sentido moderno do termo. A intenção de Gregório ao escrever a vida de Bento foi a de edificar e inspirar, não a de compilar os detalhes de sua vida quotidiana. Buscava mostrar que os santos de Deus, em particular São Bento, ainda operavam na Igreja Cristã, apesar de todo o caos político e religioso da época. Por outro lado, seria falso afirmar que Gregório nada apresenta em seu texto sobre a vida e a obra de Bento.

De acordo com os Diálogos de São Gregório, Bento (e sua irmã gêmea, Escolástica) nasceu em Núrsia, um vilarejo no alto das montanhas, a nordeste de Roma. Seus pais o mandaram para Roma a fim de estudar, mas ele achou a vida da cidade eterna degenerada demais para o seu gosto. Por conseguinte, fugiu para um lugar a sudeste de Roma, chamado Subiaco, onde morou como eremita por três anos, com o apoio do monge Romano.

Foi então descoberto por um grupo de monges que o incitaram a se tornar o seu líder espiritual. Mas o seu regime logo se tornou excessivo para os monges indolentes, que planejaram então envenená-lo. Gregório narra como Bento escapou ao abençoar o cálice contendo o vinho envenenado, que se quebrou em inúmeros pedaços. Depois disso, preferiu se afastar dos monges indisciplinados.

São Bento estabeleceu doze mosteiros com doze monges cada, na região ao sul de Roma. Mais tarde, talvez em 529, mudou-se para Monte Cassino, 130 km a sudeste de Roma; ali destruiu o templo pagão dedicado a Apolo e construiu seu primeiro mosteiro. Também ali escreveu sua Regra para o Mosteiro do Monte Cassino, já prevendo que ela poderia ser usada em outros lugares.

Os 38 pequenos capítulos do Segundo Livro dos Diálogos contêm vários episódios da vida e dos milagres de São Bento (versão em inglês disponível em Dialogues). Alguns capítulos falam da sua habilidade em ler o pensamento das pessoas, outros, dos seus feitos miraculosos, como, por exemplo, fazer brotar água da rocha, um discípulo andar sobre a água, e um jarro de óleo nunca se esgotar. As estórias de milagres fazem eco aos acontecimentos da vida de certos profetas de Israel, e também da vida de Jesus. A mensagem é clara: a santidade de Bento é como a dos santos e profetas de antigamente, e Deus não abandonou o seu povo, mas continua a abençoá-lo com homens santos.

Bento deve ser encarado como um líder monástico, não como um erudito. Provavelmente conhecia bem o latim, o que lhe dava acesso aos escritos de Cassiano e outros, incluindo regras e sentenças. Sua Regra é o único texto conhecido de Bento, mas é suficiente para manifestar a sua habilidade genial para cristalizar o melhor da tradição monástica e passá-la para o Ocidente.

Gregório apresenta Bento como modelo de santo que foge da tentação para levar uma vida de atenção à presença de Deus. Através de um esquema equilibrado de vida e oração, Bento chegou ao ponto de se aproximar da glória de Deus. Gregório narra a visão que Bento teve quando sua vida chegava ao fim: "De súbito, na calada da noite, olhou para cima e viu uma luz que se difundia do alto e dissipava as trevas da noite, brilhando com tal esplendor que, apesar de raiar nas trevas, superava o dia em claridade. Nesta visão, seguiu-se uma coisa admirável, pois, como depois ele mesmo contou, também o mundo inteiro lhe apareceu ante os olhos, como que concentrado num só raio de sol" (cap. 34). São Bento, o monge por excelência, levou um tipo de vida monástica que o conduziu à visão de Deus.

Traduzido de The Modern Catholic Encyclopedia, The Liturgical Press (1995), 77-78.

A Santíssima Trindade

Fonte

Conta-se que Santo Agostinho andava em uma praia meditando sobre o mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas distintas...

Enquanto caminhava, observou um menino que portava uma pequena tigela com água. A criança ia até o mar, trazia a água e derramava dentro de um pequeno buraco que havia feito.

Após ver repetidas vezes o menino fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia.

O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade: -"estou querendo colocar a água do mar neste buraco".

Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe: -"mas você não percebe que é impossível?".

Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe: "ora, é mais fácil a água do mar caber nesse pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem!". E continuou: "Quem fita o sol, deslumbra-se e quem persistisse em fitá-lo, cegaria. Assim sucede com os mistérios da religião: quem pretende compreendê-los deslumbra-se e quem se obstinasse em os perscrutar perderia totalmente a fé" .

sábado, 8 de dezembro de 2007

Antífonas Adventícias

O Emmanuel



O Rex Gentium



O Oriens



O Clavis



O Radix



O Adonai

Canto Gregoriano

Dos freis estudantes da Província Dominicana da Inglaterra.

Credo




Oratio Jeremiae





Laetabundus